Arrancam esta quinta-feira as jornadas nacionais contra este tipo de crime, onde se debate a relação com a justiça, a saúde, a educação, a Segurança Social e administração interna.
O Governo vai disponibilizar dinheiro para apoiar as vítimas de violência doméstica. A ajuda, de cerca de 500 mil euros para já, destina-se a quem viu hipotecada a sua vida e agora não tem meios para a refazer.
A verba vai ser canalizada para as casas de abrigo que se associarem ao projecto, que assim devem constituir “uma reserva, que poderão utilizar para apoiar o processo de autonomização e saída dessas mulheres, na medida da identificação que as próprias equipas técnicas têm de fazer das carências dessas mulheres”, explica a secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e Igualdade, Teresa Morais, em declarações à Renascença.
Até 15 de Dezembro, de Norte a Sul do país, debate-se, a partir desta quinta-feira, a violência doméstica, envolvendo áreas como a justiça, a saúde, a educação, a Segurança Social e a administração interna.
“Eu considero insuportável que, no momento em que estamos da nossa evolução enquanto comunidade, este problema persista com a dimensão que tem e, portanto, estamos a envolver tudo para envolver toda a comunidade nesta reflexão e nesta luta”, afirma Teresa Morais.
A secretária de Estado lembra que as mulheres são as principais vítimas, mas não as únicas – há também homens e “muitos idosos e muitas crianças”.
As crianças vão ser, aliás, o objecto da campanha de sensibilização que vai ser lançada no dia 23. “Quando alguém a agride a si, há mais alguém que fica marcado para a vida” é a mensagem.